terça-feira, 19 de julho de 2011

O Fim

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Um minuto de silêncio, porque não há o que dizer. 
Em todo fim existe uma pausa, uma pausa porque não temos palavras. Porque é desnecessário. Porque o vazio chega de repente. Porque o que quer que se diga não vai conseguir descrever as sensações.
Porque você precisa entender que acabou. Mas isso não significa que acabar seja ruim. Não podia durar para sempre, afinal de contas. E se durasse, não teria graça.
Assim é com quase todos os fins. Os que tem significado, pelo menos. Um fim marca. Marca o início de algo novo, marca o término de algo que viveu com você, o que você estava acostumado a ter, a esperar, a desejar.
O pior do fim é saber que não haverá um depois. O que ansiar. Porque você gosta de saber que ainda não acabou. Gosta de pensar que há mais daquilo para se absorver, aprender e te fazer companhia, aquela companhia que você adora ter.
Mas o fim não precisa ser o esquecimento. Não precisa ser a ruptura. É apenas o aviso de que agora você pode olhar para trás sempre que quiser e viver tudo aquilo de novo. Só não há mais daquilo pela frente. Mas está completo. A beleza de ter havido um fim é a beleza de saber que o que se iniciou não teve apenas um meio comprido. Ver um fim é ver a completude, é poder contemplar o todo e sua trajetória até o ponto de chegada. Onde está toda a emoção. O ponto final de um texto escrito por um longo período. Ansiamos pelas próximas palavras, mas só entendemos por completo, só faz sentido e as lágrimas derramam, quando percebemos que ele chegou. 
O Fim.

Texto de: Ana Paula Fogaça



Minha intenção inicial ao escrever esse texto era ser uma introdução ao post onde comentaria sobre o fim da saga Harry Potter, com As Relíquias da Morte - Parte II.
Mas vocês veem que foi um pouco além disso! rsrs
Falar sobre o fim de Harry Potter foi falar sobre os fins em geral. De livros, séries, filmes, de situações que vivemos, de vidas. Porque um fim é um fim. Para mim, é tudo aquilo que acabei de escrever.

Nessa época em que o mundo inteiro está abalado com o término das aventuras do bruxo mais famoso do planeta, nada mais coerente do que refletir sobre os pontos finais. O que é, na verdade, assunto da própria história da saga. Ao escrever esse texto, pensei no fim de algo que acompanhou uma geração inteira, o fim dos filmes que nós esperamos com certa frequência há mais de oito anos, para dar continuidade a uma história que encantou pessoas de todas as idades. Assim como também pensei no fim de alguns dos personagens (e os consideremos aqui como pessoas de verdade), algo que sempre foi tão abordado na série: a morte. O que significa o fim de uma vida e o significado dela - e de sua perda - para aqueles que continuam?

A série Harry Potter nos ensinou muitas coisas, nos levou ao mundo da magia, onde com certeza todos (ou muitos) gostariam de viver. Estudar em Hogwarts, aprender feitiços... Coisas que fizeram uma porcentagem imensa de crianças e adolescentes sonhar, por vários anos.
Se para nós, fãs, é triste se despedir dos filmes que sempre chegavam como parentes distantes para uma visita mais do que esperada, imagine como deve ter sido para os atores da série, que cresceram e amadureceram juntos nessa jornada. Imagine J.K Rowling, que passou anos de sua vida imersa nas aventuras de Harry. 

O fim chegou, mas, como eu disse, ele é só o fechamento de algo que podemos ver e rever sempre que der saudade. Poder assistir A Pedra Filosofal e lembrar de que você estava quinta série, sonhando com uma cartinha de Hogwarts chegar na sua caixa de correio, e que quando releu A Câmara Secreta você nem fazia ideia da verdadeira lealdade de Severo Snape. Que assim que ganhou O Prisioneiro de Azkaban no natal você fechava os olhos para imaginar que estava voando num hipogrifo. E que ao devorar O Cálice de Fogo num dia chuvoso você não sabia como seria o rosto ofídico de Lord Voldemort no cinema. E que ao pegar nas mãos A Ordem da Fênix você não tinha muita certeza se daria conta de ler um livro tão grande, mas sabia que de jeito nenhum esperaria o filme para saber a história. E que você não aguentava mais a espera do Enigma do Príncipe, e que releu naquelas tardes sonolentas das férias na praia. E que quando finalmente foi lançado As Relíquias da Morte, você dava suspiros de surpresa o tempo inteiro e não acreditou quando virou a última página, sozinho em casa, conversando consigo com o livro fechado.

Sobre o filme, Relíquias da Morte - Parte II, nem sei o que dizer. Foi incrível, tudo aquilo que eu esperava, e mais, porque na tela do cinema eu pude ver o exército de Voldemort,  cenas que não estavam sob o olhar do Harry, reproduzidas fantasticamente. Os efeitos especiais foram maravilhosos, o dragão estava demais!, e a cena do beijo entre Hermione e Rony foi linda, surpreendente! Não tem nem o que falar das cenas da penseira, a história do Snape... a cena dele e Lílian quando crianças embaixo da árvore... a luta final entre Harry e Voldemort... Ufa. Sério, foi emocionante, lindo demais! Agora quero reler toda a série! rsrs E rever o filme (desta vez em 3D e sem garotos mau-educados rindo e falando a cada minuto, na fileira de trás), e comprar As Relíquias da Morte - Parte I, para completar a coleção, e ir ao Parque do Harry Potter na Disney... e esperar o site Pottermore, e tudo o mais que puder me lembrar dessa saga que marcou minha vida e a de tanta gente.


Por favor, se desejar divulgar o texto e essa resenha, me avise, cite a fonte e o autor. Obrigada.


Ana Paula Fogaça

2 comentários:

  1. Amei o texto *--*
    Eu achei o filme incrível tbm *--* tudo bem que se eu o tivesse feito acrescentaria algumas coisas. Talvez reproduzisse o livro todo palavra por palavra. Imagina *--* É triste a chegada do fim, a despedida não é simples, mas é necessária. :/
    Beijos,K.
    Girl Spoiled

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  2. Harry Potter deixará saudades mesmo. Mas, como a própria J.K. disse, Hogwarts sempre estara lá para aqueles que precisarem =)

    teh mais

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